Período: Triássico tardio.
Ordem, subordem, família: Saurischia, Sauropodomorpha, Plateosauridae.
Localização: Europa (Alemanha Ocidental, Alemanha Oriental, França, Suíça, Inglaterra).
Comprimento: 7 metros.
O plateossauro é o mais conhecido dos primeiros dinossauros. Estava entre os maiores dinossauros do triássico e, em pé sobre as patas traseiras, atingia altura de 4,5 metros. Um exemplar adulto provavelmente pesava perto de uma tonelada. Ele foi o primeiro dinossauro do triássico a ser descrito. H. von Meyer o batizou, em 1837 (o nome quer dizer "lagarto plano").
O plateossauro é o mais estudado dos dinossauros prossaurópodes. As semelhanças entre os prossaurópodes e os saurópodes, seus parentes mais próximos, são muitas. Ambos tinham troncos maciços, pescoços longos e cabeças pequenas, adaptadas ao consumo de plantas, mas os prossaurópodes adultos eram menores. Os menores saurópodes adultos e os maiores prossaurópodes, como o melanossauro, tinham tamanho semelhante.

Uma característica que distingue o plateossauro e todos os prossaurópodes é o formato de suas patas dianteiras, com dedos pequenos e um grande dedão que servia como uma espécie de garra. Essa "garra" pode ter sido usada para arrancar folhas de galhos altos, escavar raízes ou lutar. Os membros dianteiros eram mais curtos que os traseiros, mas o animal caminhava de quatro.

As pernas traseiras do plateossauro eram longas e grossas. Não permitiam corridas velozes como as dos celófises. Os pés do plateossauro tinham cinco dedos, ainda que o quinto (externo) fosse pequeno. A pélvis era curta e forte, e o dinossauro tinha grandes e poderosos músculos nas pernas.
Os prossaurópodes tinham pescoços longos, o que permitia que alcançassem folhas e ramos bem acima do chão. O plateossauro podia alcançar uma altura ainda maior quando se erguia nas patas traseiras.
A cabeça do plateossauro era pequena, ainda mais longa e chata do que a de saurópodes posteriores. A mandíbula inferior se curvava para baixo, assim como a parte da frente de seu focinho e isso dava ao animal uma aparência "sorridente". Seus dentes eram simples, em forma de folha. Não mudavam de forma entre a porção frontal e a porção traseira da mandíbula. Os dentes da mandíbula superior se encaixavam nos espaços entre pares de dentes na mandíbula inferior, o que permitia que o animal dilacerasse as folhas que comia. As mandíbulas, músculos e dentes dos prossaurópodes indicam dieta vegetal. O plateossauro provavelmente tinha bochechas carnudas. Acredita-se que eles podiam armazenar comida nas bochechas e que elas impediam que o alimento caísse durante a mastigação. Para ajudar na mastigação, o plateossauro pode ter tido "gastrólitos", ou pedras estomacais (engolidas pelo dinossauro), que se esfregavam umas contras as outras e esmagavam alimentos, ajudando a triturar os vegetais.
O plateossauro se alimentava de vegetação alta, como folhas de árvores. Os prossaurópodes provavelmente comiam as folhas altas das árvores, como os saurópodes viriam a fazer mais tarde, no mesozóico, e as girafas ainda fazem atualmente. A. W. Crompton e John Attridge afirmaram que os prossaurópodes eram herbívoros de crânios leve, o que sugere que provavelmente comiam plantas macias. Para mastigar plantas mais duras, o crânio e as mandíbulas do animal precisariam ser mais fortes. 
Os dinossauros não se tornaram comuns antes do fim do período triássico. Nas escavações de formações do triássico tardio, na Europa, o plateossauro representa o fóssil de vertebrado mais comum. Michael Benton estimou que 75% dos esqueletos dessa era, localizados na Alemanha, são de plateossauros.
Em Halbertsadt e Trossingen, na Alemanha, foram encontrados esqueletos de plateossauros em grupos de dezenas. Trossingen contém uma camada que abriga um rebanho de plateossauros mortos em um evento catastrófico, possivelmente uma inundação. David Weishampel sugeriu que a razão para a presença comum do plateossauro nas demais camadas é o fato de que fosse o animal mais abundante da era.
O súbito surgimento, ascensão e domínio do plateossauro no hemisfério norte, e de outros prossaurópodes em áreas distintas, é uma das mais dramáticas e repentinas histórias de sucesso para os dinossauros. O grande número de animais pode se dever à capacidade que tinham de se alimentar de vegetação alta, o que lhes permitia encontrar alimentos inacessíveis aos pequenos herbívoros.