quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Estauricossauro

Período: Triássico tardio.
Família: Staurikosauridae.
Localização: América do Sul (Brasil, Argentina).
Comprimento2 metros.
O estauricossauro é o mais antigo dinossauro conhecido. O primeiro esqueleto foi encontrado na formação de Santa Maria, no sul do Brasil, e data do período triássico tardio. O nome significa "réptil cruzeiro do sul" e foi dado ao animal em menção à constelação do Cruzeiro do Sul, melhor vista do hemisfério sul.
O estauricossauro era um dinossauro bípede, ainda que suas patas traseiras e pélvis não fossem adequados ao movimento rápido. Tinha cinco dedos nas patas dianteiras e cinco nas traseiras. O dedão e o terceiro dedo eram os mais longos. Os dentes eram curvados para trás e serrilhados, como uma faca. O animal era carnívoro.
Edwin Colbert descreveu o estauricossauro, em 1970. Em 1987, Don Brinkman e Hans-Dieter Sues descreveram um segundo esqueleto, de um espécime um pouco mais jovem localizado na formação Ischigualasto, na Argentina. Outros fósseis foram localizados em formações do período triássico tardio no sudoeste dos Estados Unidos e na formação Elliott, da África do Sul, e podem pertencer a esse animal. Um esqueleto parcial, apelidado "Gertie", encontrado no Parque Nacional Petrified Forest, Arizona, está sendo estudado.
Paleontologistas discordam quanto ao relacionamento entre o estauricossauro e seu parente próximo, o herrerassauro. Os animais podem representar dinossauros primitivos que compartilham de uma ascendência comum com todos os dinossauros posteriores ou são os primeiros saurísquios. Parte da incerteza quanto à posição do estauricossauro deriva do fato de que não foi descoberto um crânio. O estauricossauro e o herrerassauro diferem de outros dinossauros devido à estrutura de sua pélvis. Suas pernas e tornozelos também são diferentes dos de dinossauros posteriores. 
Fósseis do estauricossauro não são comuns, mas ocorrem em formações onde outros vertebrados terrestres, como os aetossauros e raisuchidae são comuns. A razão para que haja poucos fósseis de estauricossauros nesses depósitos pode ser o baixo número de animais ou o fato de terem vivido em áreas nas quais ossos se fossilizassem raramente, como florestas. Os dois fatores também podem ter se combinado. Qualquer que seja a razão, existem poucos fósseis do estauricossauro e do herrerassauro. Pequenos dinossauros terópodes, como o celófise, os seguiram e talvez os tenham substituído, no fim do triássico.

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