terça-feira, 22 de março de 2011

Dia da água

DIA DA ÁGUA






Dia Interamericano da Água

Todo o continente latino-americano e o Caribe se preparam para as atividades relacionadas ao Dia Interamericano da Água – que é comemorado sempre no 1º sábado do mês de outubro – 5 de outubro, este ano. A atividade que se constitui em uma celebração da água é auspiciada pela Organização Pan-americana da Saúde/ Organização Mundial da Saúde (OPS/OMS), Associação Interamericana de Engenharia Sanitária e Ambiental (Aidis), Associação Caribenha de Água e Águas Residuais, Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CEPAL), Organização dos Estados Americanos (OEA) e Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente/
Escritório Regional para América Latina e Caribe (PNUMA/ORPALC).

No ano 2002 se completam 10 anos da iniciativa sobre o Dia Interamericano da Água (DIAA) e será um evento de especial significação. Este ano coincide, além disso, com os 100 anos da Organização Pan-americana da Saúde (OPS/OMS), razão pela qual as celebrações terão um marco muito especial, já que se comemora um século do início de atividades transcendentais para a saúde da população de toda América.

O Dia Interamericano da Água foi criado oficialmente em 1992, durante o XXIII Congresso  Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental, que teve lugar na cidade de Havana, Cuba. O fundamento desta proposta se centrou na idéia de que a participação das comunidades é um elemento-chave para o êxito dos programas de saneamento ambiental, por isso, a mobilização de diversos grupos e a possibilidade de que tenham acesso à informação sobre o tema se constituem em um motor importante para a promoção de ações concretas neste campo.

Ao longo destes dez anos de celebração do Dia Interamericano da Água foram tratados aspectos diversos relacionados com a água e a participação. Na primeira celebração se trataram das relações entre a água, a vida e a saúde; posteriormente, se deu ênfase na água e o ambiente; já em 1995 se considerou a água como um patrimônio que deveria ser preservado; logo continuaram as celebrações com o lema de que a água deve ser cuidada, já que é tão valiosa como a própria vida.

Em 1997, as ações se centraram na qualidade da água potável e a saúde, no ano seguinte se destacou a importância da participação de todos para contar com água segura. O direito das crianças à água foi o tema de 1999 e o ano 2000 se centrou na necessidade de usar racionalmente a água porque cada gota conta. Finalmente, o ano 2001 se concentrou na aliança estratégica entre a água a saúde, a favor da vida.

Em 2002 se enfatizou a importância de superar os problemas de escassez, evitar o desperdício e fortalecer nossa capacidade de economia e de uso racional, e se chega à primeira década desta iniciativa.
Dia Interamericano da água 2004
Com este lema, o Dia Interamericano da Água 2004 concentra seus esforços em alertar para a imperiosa necessidade de reduzir a vulnerabilidade dos serviços de água a fim de assegurar a disponibilidade e qualidade dos recursos hídricos em situações de desastres e emergências.

Em um território geográfico marcado pelo risco como é a América Latina e o Caribe, o Dia Interamericano da Água 2004 - comemorado no primeiro sábado do mês de outubro - também busca avaliar o impacto sócio-econômico e de saúde ocasionado pelos desastres e defender a adoção de ações intersetoriais que impulsionem uma apropriada gestão do risco nos sistemas de água e esgoto da Região.

Do ponto de vista sanitário, a água segura ligada a uma adequada disposição dos esgotos é essencial para o controle de numerosas enfermidades. Por isso a água para uso e consumo humano deve ser avaliada em função da quantidade disponível e da qualidade.

Em resposta à necessidade de melhorar a qualidade da água potável na América Latina e Caribe, foi elaborado o Plano Regional 1997-2006, cujas estratégias incluem elementos de curto, médio e longo prazo. Um dos quatro componentes centrais do Plano é "a educação, a mobilização social e a sustentabilidade".

Como idéia central deste componente se encontra a necessidade de criar uma cultura da água que promova o uso eficiente da água, a proteção e a melhoria da qualidade da água, e a necessária capacitação dos grupos vulneráveis.

Quanto aos objetivos do Plano Regional, cabe destacar o que se refere a "informar e conscientizar a população sobre os riscos derivados do consumo de água não potável e a conveniência de aceitar o consumo de água clorada, e sobre a preservação das fontes de abastecimento".

Entre as metas do componente de educação e mobilização do Plano destaca-se a incorporação da cultura da água nos planos setoriais e de educação, a criação de programas de divulgação sobre a qualidade da água e a realização de planos de educação e de capacitação para melhorar hábitos de higiene e de saneamento básico.

No Programa Conjunto de Monitoramento (PCM) do abastecimento de água e serviços de esgoto desenvolvido conjuntamente pela OMS e UNICEF desde 1990, se estabelecem como duas das causas principais de mortalidade e morbidade no mundo a ingestão de água não segura e a falta de meios apropriados para o tratamento disposição adequada do esgoto doméstico. Por este motivo, são definidas três soluções importantes: a construção de instalações apropriadas, o cuidado para o bom funcionamento e manutenção, e a promoção de seu uso correto.

Finalmente, na Reunião do Conselho Colaborador de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário, o informe do grupo especial sobre desenvolvimento de recursos humanos recomendou que a atenção se dirija às escolas e às crianças que não têm acesso a elas.

Efetivamente, como também destacou o (Centro Internacional de Água e Saneamento), as crianças são agentes de mudança. Se o trabalho for centralizado nas crianças em idade escolar e são oferecidas condições e conhecimento para melhorar seus hábitos atuais, haverá a possibilidade de que as futuras gerações estejam melhor preparadas para cuidar da saúde e do meio ambiente.

Quando as condições sanitárias das escolas são boas, se constituem em modelos tanto para os alunos, como para os professores e pais, com uma forte influência adicional para o resto da comunidade.
Essa ação direcionada para as crianças é importante, pelas seguintes razões:

1. É aceito que 50% das doenças das crianças têm relação com as condições sanitárias e a higiene pessoal;

2. A idade escolar é a mais adequada para aprender hábitos higiênicos;

3. As crianças realizam diversas tarefas domésticas, o que pode torná-las agentes de mudança;

4. Há nas crianças um entusiasmo natural por aprender e ajudar.
Essa ação direcionada para as crianças é importante, pelas seguintes razões:


1. É aceito que 50% das doenças das crianças têm relação com as condições sanitárias e a higiene pessoal;


2. A idade escolar é a mais adequada para aprender hábitos higiênicos;


3. As crianças realizam diversas tarefas domésticas, o que pode torná-las agentes de mudança;


4. Há nas crianças um entusiasmo natural por aprender e ajudar.

O IRC considera que para obter bons resultados é preciso fomentar mudanças de hábitos, para as quais se devem considerar os seguintes fatores:

Fatores de predisposição: inclui os conhecimentos, a atitude e a aceitação;

Fatores de capacidade: inclui a disponibilidade de recursos (latrinas, acesso à água, capacidade dos estudantes para transformar os conhecimentos, atitudes e aceitação em condutas desejáveis

Fatores de reforço: inclui aqueles que afetam a capacidade dos alunos para manter esses hábitos (apoio e cooperação dos pais, tutores e outros grupos).

Em síntese, a colocação destaca a importância de combinar a educação em higiene e saneamento com a disponibilidade e manutenção dos recursos físicos e com a ampla participação da comunidade e outras instâncias sociais.
Saneamento na Escola
Para um bom programa de saneamento e higiene escolar se propõe incluir os seguintes aspectos:

1. avaliação das necessidades;

2. objetivos, resultados e plano de ação;

3. melhoria das instalações sanitárias;

4. uso e manutenção adequadas das instalações;

5. educação em higiene aos alunos;

6. materiais de ensino com orientação prática para a escola e seu entorno;

7. articulação da educação com a melhoria das instalações;

8. incorporação dos alunos nos planos, implementação e manutenção;

9. capacitação do grupo técnico e dos professores;

10. monitoramento do programa e de seu impacto, com ênfase na auto-avaliação.

Em outro importante documento sobre educação e programas de água e saneamento, o IRC recomenda entre outros temas, a definição de prioridades para a ação, estabelecidas pelas pessoas diretamente envolvidas.

Outros aspectos-chave são o uso de incentivos nos processos educativos, a compreensão dos valores culturais e a promoção do tema por parte de pessoas respeitadas na comunidade ou grupo social.

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