terça-feira, 22 de março de 2011

Água e mitologia

   
NETUNO (POSEIDON) - Deus das Águas



Poseidon - Deus das Águas, do mar, dos rios e das fontes para os gregos - Netuno para os romanos - era filho de Cronos e Reia e um dos doze deuses gregos do Olimpo.

Normalmente representado como um homem de barba portando um tridente, o qual era usado para bater o mar e para separar pedaços de rocha. Ele também era imaginado em forma eqüina, e acreditava-se haver sido o primeiro a domesticar o cavalo. Ele vivia sob o mar e conduzia uma carruagem puxada por cavalos, que se assemelhavam às ondas do mar. Tinha poder sobre as tempestades e sobre os ventos. Garantia a segurança dos marinheiros ou a destruição de seus navios de acordo com sua vontade. Ele possuía um palácio de ouro, situado no fundo do mar, e percorria a superfície da água, numa carruagem de ouro, levada por cavalos velozes. Sua arma era o tridente, uma lança terminada em três pontas e com a qual ele podia provocar terremotos na terra. Era também deus dos cavalos, pois criou o primeiro cavalo com seu tridente a partir de uma pedra.

Como ele era o senhor das águas salgadas e doces, desafiava sempre os outros deuses e entrava em discussões e conflitos com eles. Desejava ter como sua a cidade de Atenas, sob os protestos da deusa Atena, que considerava a cidade como sua. Os deuses fizeram uma reunião no Olimpo e decretaram então que a cidade seria daquele que oferecesse o presente mais útil aos mortais. Ele criou o cavalo e Atena a oliveira. Os deuses decidiram que a deusa havia vencido e a cidade foi dada a ela. Descontente, às vezes ele sacolejava de modo violentamente. Tão furioso que Plutão, governador da cidade de Hades, saltava de seu trono com medo de que a cidade caísse sobre sua cabeça.

Ajudou Pélope a casar-se com Hipodâmia, filha de Oenomaus, rei de Elis e filho de Ares. Pélope deveria vencer o rei numa corrida de carruagens para ficar com a moça, senão ele morreria. As possibilidades de derrotá-lo, contudo, eram limitadíssimas pra não dizer, inexistentes. Pois o rei jamais havia perdido uma disputa. Sua Alteza possuía cavalos que corriam como ciclones. No entanto venceu, gracas ao Deus, que lhe emprestou dois cavalos alados de seu próprio estábulo. Aí, Hipodâmia convenceu o cocheiro de seu pai a retirar a correia da carruagem do rei.

Sua esposa, a ninfa do mar (nereida ou oceanida) Anfitrite, deu à luz diversos filhos seus, incluindo Tritão - metade homem e metade peixe. Além disso, possuía um grande número de outros filhos ilegítimos, incluindo monstros e gigantes, de seus numerosos casos extraconjugais. Neste aspecto ele se equiparava à Zeus. Engravidou a górgona Medusa, gerando Crisaor e Pégasus. Do rapto de Aethra resultou o nascimento de Teseu. Ele também raptou Amymone quando ela tentava escapar de um sátiro.

Outros de seus filhos são: Sinis, Polifemo, o ciclope, Órion, o rei Amycus, Proteus, Agenor, Belus (de Lybia), Pélias e o rei do Egito, Busiris (filho de Lysianassa). Um de seus casos amorosos mais conhecidos envolveu sua irmã, Deméter. Ela a perseguiu e para evitá-lo, ela se transformou em uma égua. Em seu desejo por ela, ele se transformou em um garanhão e copulou com a égua. Deste encontro nasceu um esplêndido cavalo, Arion. Esta associação possivelmente vem do fato de, assim como Deméter, também era originalmente um deus da fertilidade.  




Por John Emilio G. Tatton

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