domingo, 14 de novembro de 2010

10 batalhas mais importantes de todos os tempos

O desfiladeiro de Termópilas na Grécia foi o palco de uma das mais lendárias batalhas já travadas. Há 2.500 anos, um grupo de 300 guerreiros espartanos tentou bloquear o avanço de centenas de milhares de combatentes do exército persa. Ao receber uma mensagem para depor as armas, Leônidas, o rei espartano, mostrou o quanto seria dura a vida dos invasores ao responder ao rei persa Xerxes: "Venha buscá-las você mesmo".

A heróica resistência espartana, contada em livros, quadrinhos e filme, atrasou o avanço do inimigo por três noites e causou milhares de baixas no exército persa. Fatores suficientes para Atenas e outras cidades gregas se prepararem e derrotarem o poderoso inimigo. Assim como aconteceu em Termópilas, outras batalhas foram decisivas nas guerras que têm ocorrido ao longo da história. Muitas delas transformaram-se em verdadeiras carnificinas com milhares de mortos e atingiram níveis de destruição devastadores. Nas próximas páginas, conheça quais foram dez das batalhas mais influentes para o destino do mundo.

Batalha de Maratona

Batalhas mais importantes
© iStockphoto.com /Stocksnapper
Os persas eram rudes montanheses que viviam em uma tribo ao norte da Mesopotâmia. Um dia, liderados por um bravo e inteligente rei, eles chegaram à planície da Babilônia e iniciaram suas conquistas que formariam um império. Mas havia um povo que não aceitava se submeter aos persas. Os gregos resistiram bravamente e impuseram várias derrotas a eles. Uma das mais importantes ocorreu em Maratona, cidade a 42km de Atenas. Lá, em 490 a.C. os persas desembarcaram um exército de cem mil homens para conquistar Atenas. Mas, dez mil guerreiros atenienses, liderados por Milcíades, atacaram as tropas persas. Esse ataque foi feito em forma de colunas, formação nunca vista pelos persas, e resultou num verdadeiro massacre dos invasores. Os que não morreram fugiram nos navios que restaram. 

Batalha de Tours

Durante a invasão e expansão árabe na Europa na Idade Média, célebres batalhas foram travadas para tentar impedir a chegada dos muçulmanos ao norte do continente. Uma delas, e considerada decisiva para conter os invasores, ocorreu entre as cidades de Poitiers e Tours, no então Reino Franco. Lá, no ano 732, Carlos Martel, rei dos francos, liderou a resistência ao avanço árabe e iniciou uma campanha para expulsá-los de seu reino. As forças lideradas por Martel aproveitaram a formação geográfica e o frio e usaram o fator surpresa para vencer as até então invencíveis tropas muçulmanas. Com a morte de seu líder, o emir al-Rhadam, durante a batalha e a iminente derrota, os combatentes árabes que sobreviveram fugiram. 

Batalha de Cajamarca

Em 1531, o espanhol Francisco Pizarro retornou à terra dos Incas na condição de capitão-geral e governador. Seu exército era composto por 265 soldados, cinco cavalos e algumas armas de fogo. Entre ele e as riquezas que pretendia explorar a mando do governo espanhol estava um exército de aproximadamente 30 mil guerreiros incas. Usando os mesmos expedientes traiçoeiros que levaram Fernando Cortés alguns anos antes a conquistar o México do imperador asteca Montezuma, Pizarro atacou os incas na vila de Cajamarca, nos Andes peruanos, em 1532. Após aprisionar o imperador Atauhalpa, ele incitou os diversos líderes nativos a atacarem uns aos outros, desintegrando o exército e a cultura inca.

Batalha de Leipzig

Napoleão Bonaparte
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Napoleão Bonaparte
A derrota de Napoleão em Leipzig em 1813 significou o início do fim do seu império. Após ter sido derrotado na gelada Rússia no ano anterior, Napoleão reorganizou seu exército e partiu para novas conquistas, desta vez nas províncias germânicas. Mas o que ele não esperava era que as desunidas nações européias se uniriam contra ele. Karl von Metternich, ministro de relações exteriores da Áustria, convenceu com seus esforços diplomáticos a Inglaterra, Rússia, Prússia e Suécia a unirem-se para lutar contra o exército francês. Em outubro de 1813, as tropas napoleônicas, formadas por 175 mil homens, tentaram defender a recém-conquistada Leipzig, do ataque de 350 mil soldados aliados. O resultado foi a derrota do exército de Napoleão, que fugiu para Paris deixando um rastro de 60 mil soldados franceses mortos. A perda de Leipzig, no que é chamado também de Batalha das Nações, e de boa parte de suas tropas abalou definitivamente o poder de Napoleão. 

Cerco de Tiro

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Nos planos megalomaníacos do macedônio Alexandre, o Grande, de conquistar o mundo conhecido e também o ainda não-conhecido, estava dominar a cidade de Tiro, na Fenícia. Situada num ponto geográfico estratégico no mar Mediterrâneo, a cidade ficou sob cerco das tropas de Alexandre por sete meses.  De janeiro a julho de 332 a.C. foi utilizada uma profusão de maquinários e artilharias inventadas para vencer as muralhas e a resistência dos habitantes de Tiro. A conquista da cidade era  fundamental para assegurar o poder marítimo dos macedônios. Para chegar à ilha de Tiro a ideia era construir uma ponte, mas ela era constantemente atacada pelos fenícios. Somente quando recorreu ao poder naval, Alexandre conseguiu chegar às muralhas e invadir a cidade, que foi pilhada e teve seus habitantes transformados em escravos. 

Cerco de Tiro

Batalhas mais importantes
© iStockphoto.com / Ivan-96
Nos planos megalomaníacos do macedônio Alexandre, o Grande, de conquistar o mundo conhecido e também o ainda não-conhecido, estava dominar a cidade de Tiro, na Fenícia. Situada num ponto geográfico estratégico no mar Mediterrâneo, a cidade ficou sob cerco das tropas de Alexandre por sete meses.  De janeiro a julho de 332 a.C. foi utilizada uma profusão de maquinários e artilharias inventadas para vencer as muralhas e a resistência dos habitantes de Tiro. A conquista da cidade era  fundamental para assegurar o poder marítimo dos macedônios. Para chegar à ilha de Tiro a ideia era construir uma ponte, mas ela era constantemente atacada pelos fenícios. Somente quando recorreu ao poder naval, Alexandre conseguiu chegar às muralhas e invadir a cidade, que foi pilhada e teve seus habitantes transformados em escravos. 

Batalha de Cannes

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A maior derrota do exército romano aconteceu nos arredores de Cannes, em 216 a.C. Após a tentativa de Roma de se apoderar da Espanha dominada pelos cartagineses, Aníbal rumou em direção a Itália com suas tropas para mostrar aos romanos a fúria de Cartago. Para chegar até lá atravessou rios, montanhas, passou pelo sul da França e cruzou os Alpes por desfiladeiros impressionantes. Os exércitos romanos que tentaram impedir Aníbal foram dizimados. Em Cannes, os combates acabaram com 40 mil soldados romanos mortos. Apesar da vitória, Aníbal não avançou sobre Roma, à espera de reforços que não vieram. Os romanos também não ousaram atacá-lo mais e passaram a adotar o serviço militar obrigatório, o que os levou a tornarem-se um povo guerreiro que construiria um dos maiores impérios da história.  

Batalha de Verdun

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O cerco alemão a Verdun, em 1916, constituiu-se na mais longa batalha da Primeira Guerra Mundial. Os exércitos alemão e francês enfrentaram-se durante dez meses nas montanhas ao norte da cidade de Verdun-sur-Meuse, no nordeste da França. Inicialmente cerca de 200 mil soldados franceses enfrentaram um milhão de soldados alemães. Bombardeios, lutas de trincheiras, capturas e recapturas de fortificações militares e o uso de gás como arma química deram o tom da luta que se arrastou por meses, permitindo que novos reforços chegassem para as tropas francesas. A resistência em Verdun comandada pelo marechal francês Petain - que afirmou que os alemães não passariam dali - significou uma reviravolta na guerra e o início da derrocada alemã. Estima-se que quase um milhão de pessoas morreram nessa batalha, sendo 550 mil alemães e 434 mil franceses.

Desembarque na Normandia

Conhecido como Dia D, o desembarque das tropas aliadas nas praias da Normandia na Segunda Guerra Mundial significou, junto com o avanço soviético no front leste, a virada dos aliados na guerra contra a Alemanha nazista. Sob o comando do general americano Dwight Eisenhower e do britânico Bernard Montgomery cerca de 800 mil soldados, cinco mil navios e dez mil aviões participaram das operações que começaram em 6 de junho de 1944. Aproximadamente 80 mil soldados alemães sob o comando do marechal Erwin Rommel defendiam as posições nas praias da Normandia. Com o mau tempo e a crença de que a invasão aliada não seria por ali, os alemães não estavam totalmente alertas. Rommel estava em Berlim para o aniversário da esposa. A surpresa foi tal que até mesmo Hitler achou que o desembarque era uma manobra para distrair a atenção das tropas alemãs. Mas não era. Mesmo assim os alemães causaram pesadas baixas entre os aliados. Três meses após a invasão, toda a França havia sido libertada e as tropas aliadas estavam prontas para invadir a Alemanha.

Batalha de Stalingrado

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Obelisco em homenagem aos que lutaram na defesa de Stalingrado
Batalha sangrenta e crucial para a Segunda Guerra Mundial, a luta das tropas alemãs contra as soviéticas na cidade russa de Stalingrado foi uma das mais dramáticas da história. Cerca de 250 mil soldados alemães morreram ou foram capturados nessa luta. Com o objetivo de vencer o comunismo e ter acesso aos ricos recursos naturais soviéticos, Hitler tentou a todo custo a conquista  das principais cidades soviéticas. Em 23 de agosto de 1942, mil aviões alemães bombardearam a cidade com bombas incendiárias e causaram a morte de 40 mil dos 600 mil habitantes de Stalingrado. Sob as ordens de Stálin de não recuar, tropas e cidadãos enfrentaram os alemães durante quase sete meses. Meio milhão de soldados e moradores morreram, além de quase toda a cidade ter sido destruída. A determinação dos soviéticos, o rigoroso inverno e a falta de mantimentos foram fatores decisivos para a derrota alemã. A partir da vitória em Stalingrado, o Exército Vermelho iniciou sua escalada contra os nazistas que só pararia em Berlim dois anos depois.

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